sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O paraíso

Ontem eu olhava para o teto do meu quarto, até o momento em que resolvi sair para dar uma ventilada nas ideias, então ao abrir a porta de casa e pegar a minha fiel companheira(bicicleta)e montar nela dei de cara com o mar, que mar, que mar, direitas tubulares, o mar azul-anil beijava delicadamente a costa branca, em um harmônico vai e vem, QUE MAR.
Olhei em minha volta e vi a linda praia com coqueirais e jangadas brancas na areia, um morro pontilhado de casinhas brancas sem muros, sem cercas, sem violência.
Um delicado perfume, muito estranho ao meu olfato e tão uni presente que dava a sensação de poder vê-lo, fluía pela brisa mansa e refrescante daquela tarde de céu ofuscante e azul mesclado com manchas vermelhas, laranjas, que azul, livre de gases e de homens e seus sinais de fogo.
Tudo era belo, tudo fluía, tudo pairava como um ballet perfeitamente ensaiado.
Havia alguém comigo, em outra bicicleta, de um grande amigo meu , por sinal, sempre me acompanhando, então olhei mais atentamente para o morro e percebi que em seu cume corria uma estrada, na curiosidade, subi-o para conhecê-la por uma trilha que serpenteava morro acima entre arbustos de rosas e outras flores belíssimas e bem cuidadas, até que me encontrei com a estrada, em direção ao horizonte, rodeada de uma mata linda e viva, onde encontravam-se passarinhos cantando alegremente a canção do por-do-sol, que acontecia ao fim da estrada, como se o seu destino fosse ele, então monto em minha bicicleta de novo e sigo pela estrada até que a bicicleta vai, meu corpo vai, minha mente vai, e eu fico, acompanhando aquela viajem até o seu incerto destino, na estrada da vida.
Então num súbito instante, me veio o teto.

Um comentário:

Mαyαrα Vαsconcelos disse...

muito bonito o texto!
o sonho que me contou.
quem dera.

beijo, te amo!