quarta-feira, 11 de maio de 2011

Há quanto tempo!
Parece mentira mas dia 1 de abril fez um ano sem dar o ar da graça!

Sinto que estou enguiçado, que as palavras não fluem mais com a mesma facilidade, que a cabeça dói e o Manitu tem de voltar a tocar.

Achei que jamais voltaria a escrever algo nessas páginas, que não mais teria motivos nenhum para voltar a escrever, achei realmente que minha frustrada carreira de escritor, depois de muita resiliência, chegara ao fim.
Porém, como sempre, aparece alguém na minha vida pra fazer eu abrir meu blog, sempre uma mulher diferente, por um motivo diferente; simplesmente me faz voltar a escrever.
A mulher da vez é diferente, ela realmente é uma surpresa; sinto no peito só de pensar.
Não que isso seja uma nova paixão e nem afins, só me é estranho voltar a uma situação na qual achava que nunca na vida estaria de novo.

Escuto que os beijos, a lombra, os medos e os anseios ficaram pra trás, bem pra trás, que agora vivo ocupado, enjaulado em uma pressa pra envelhecer,mas noto que o momento é o justo oposto, que os beijos e os anseios me trouxeram de volta à caneta.

É o bom de ser um bobo na vida, como disse uma tal Clarice dentre outras tantas. Um simples "Oi meu amor" traz à tona a inspiração incubada em minha cabeça de vento!

Hoje uma mulher, um beijo, um anseio e uma pitada de bobagem me trouxe de volta.

"Eu voltei [...] Pras coisas que eu deixei..."

Boa noite!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

"Retrospectiva de um tempo"

Sabe, às vezes a se flagra pensando naquilo que melhor seria se fosse deixado pra traz.
Melhor seria!
Acontece que as ocasiões que nos fazem tomar certas atitudes se tornam fantasmas, que nos deixam acordados à meia-noite de uma quarta cinzenta.
O calor que me rege agora me remete a outro tipo de calor que outrora povoava meus dias e noites diante de 17 polegadas de vidro.
Como se fosse um novato nessa espécie de situação, penso no que me levou a falar palavras que eram de profunda realidade e profundo sentimento.
Me recrimino como se o que fiz tenha sido algo reprovável e de enorme imprudência, mas me consolo em lembrar que não é e nem foi a primeira vez em que me submeti a tais questões e que a resolução era sempre de meu agrado.
Mas afirmo, caro amigo, que ao final dessa prosa a conclusão chegada não será de tamanho agrado. Receio isso.
Sendo assim, não me importo em dizer que me expressar quando senti necessidade nunca me trouxe a centelha do arrependimento.
Agora não me importa, a prova foi tirada de cena e sua sentença foi lançada.
Foi presente, será pretérito e talvez nunca futuro, de qualquer forma, mais uma feliz página no meu livro de memórias.

"Ela é ..."

Por muito tempo procurei nos braços errados, nos lábios errados, aquilo que agora, finalmente, reencontrei.

Muita gente diria que isso iria acontecer. Menos a gente, os principais.

Por nós dois,quem diria? Eu talvez.

Depois de um belo sorriso loiro me ensinar como é o amor e como se deve amar, percebi o quão é difícil achar aquela pessoa que consegue fazer com que seu coração pulse mais forte de novo, talvez por conhecer realmente esse sentimento.

Admito que, por uma vez, quase faço uma besteira, por empolgação ou confusão de sentimentos, que seja, algo quase me privou de ter tão bela surpresa.

Mas uma coisa agora é certa, sinto que tenho alguém do meu lado que eu posso dizer: “ Ela é minha menina e eu sou o menino dela.”

Entre o Céu e o Mar

Esperei muito por isso.

Sentar na areia de frente pro mar e canalizar tudo o que é de ruim de dentro de mim para o fundo do oceano.

Sinto paz. Quem passa e ver não entende, alguns acham bonito, outros engraçado, todos estranham; mas chegar à praia e sentar com a viola no colo e pensar em tudo realmente traz paz. Só entende quem pratica!

Aqui só sou eu e minha mente,com o som do mar e do vento como trilha sonora, vou compondo cada vez mais e melhor.

A brisa acalanta o meu bem que habita meus pensamentos e preenche de conforto meu espírito.aqui estou perto de Deus.

Aqui estou perto de tudo o que desejo estar.

Meu pequeno grande refúgio onde a qualquer hora me instalo.

Mas estar de corpo presente é algo bem mais divino.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Ser ou não?....

A fim de fugir, como sempre, da agoniante desordem dos meus pensamentos, estou mais uma vez sentado de cara em uma tela com alguém nos meus ouvidos cantando algo que um dia disse, mas apenas disse.
Isso me fez lembrar de alguns anos atrás, quando eu sentara em uma cadeira em minha varanda e ficara apreciando um jardineiro podar uma árvore que tinha logo em frente a minha casa. O melhor foi o fato de, após certo tempo, aquela imensa árvore se virar para o jardineiro e fazer-lhe a seguinte pergunta:
-O que o senhor acha?
O jardineiro olhou-a com tez de um estilista e falou que seu trato estava ótimo e que, não por ele ter feito o serviço tão bem, estava orgulhoso, de algum modo e motivo, mas estava.
A árvore então se deixou balançar pelo vento pomposamente e sentia aceita por todas aquelas criaturas ali existente, estava bela!
Então seu "dono" chegou, olhou-a de cima a baixo, e ela, aproveitando o embalo da brisa, se deixou estremecer, ruidosa.
Seu "dono" virou-se com nítida indiferença e entrou! Sem uma única palavra!
Pobre árvore, acha que ser podada seria um benefício ao seu "dono", já que para ela era algo que lhe causava bastante incômodo. Pobre árvore, sempre pelos outros, pobre.
Passaram dias e a indiferença continuava de forma escrachada e pertinente, e a nossa amiga cada dia mais sofria, ao ponto de começar a murchar. Murchava não lentamente, mas de uma forma que seu dono percebeu logo, e sentindo algo errado, sentou-se para conversar com sua planta.
Ela desabafou. Disse-lhe o imenso sacrifício que tinha feito, perdeu partes e mais partes do seu ser para buscar uma mudança e mesmo assim não era reconhecida.
Então seu dono a olhou com um sorriso terno e acolhedor, e disse:
- Eu a amava daquela forma que era, cheia, repleta de galhadas, onde habitavam pássaros e outros animais. Me fazia melhor sombra, dava um toque natural à minha casa, era o que eu queria, por isso não se deixe morrer e volte a ser aquela árvore que eu amei um dia.

Mudar por alguém faz tanto sentido assim, ao ponto de sofrermos tanto e perceber, bem após a mudança, que eramos exatamente o que queríamos ser e o que esse alguém também queria?

Boa noite.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Rosa

Engraçado quando me flagro pensando na Rosa, que me espera toda noite em meu jardim. Chegando a hora que chego, ali está, impetuosa, embora frágil, requerendo indiretamente minha atenção e meus cuidados; meu 'boa noite e durma bem'.
Sinto sua falta alucinadamente, quando ela resolve sumir durante dias, me deixando na expectativa de ver seus primeiros sinais todo dia a tardinha, esperando ver as primeiras folhas do botão.
Mas então ela desabrocha, de uma forma que só ela sabe como e quando fazer, de uma forma que faz com que cada segundo seja rápido o suficiente para ser bom, para fazer bem aos meus olhos sonolentos de cada manhã e encher de uma boa saudade o restante do meu dia.
Queria que o tempo desacelerasse toda vida que chego em meu jardim e sento do seu lado, faz tão bem a mim quanto a ela.
Amizade serena, silenciosa e gritante, que se firmou duma vez, do nada, culpa de uma bicicleta e de uma festa. Amizade que carregarei por toda a minha vida, ao menos em meu livro de memórias, sempre ao meu lado e eu ao lado dela, fazendo com que aquela vida faça parte da minha e vice e versa. A mais verdadeira recíproca posso ver em seus olhares!
Minha confidente fiel, ela e minha também adorada Estrela, que escutam pacientes todas as minhas neuras e conflitos, de tal forma que se Deus desse à elas o dom da fala, seria o mesmo silêncio que povoaria minhas mágoas e assim só quem eu quisesse saberia delas.
Mesmo quando ela se for de vez, se ela se for de vez, ficará em mim, como uma tatuagem, de uma forma que sempre acharei engraçado o fato de me perceber parado no meio de um rua, depois de aberto o sinal, com uma cara abobalhada, pensando nela, em meu jardim, sorrindo, feliz em me ver!

Boa noite!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Entre os 60 e 100.

O que alguém precisa para ser feliz?
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Há algum tempo, anos atraz, eu acordei com o canto de um pássaro em minha janela, juro a verdade. Um pássaro miúdo, frágil e forte, soava alegremente seu canto que povoava de harmonia meu quarto!
Olho para o relógio; 5:44 ; normalmente aquilo seria o maior motivo pra me fazer virar pro lado e aproveitar o restinho de sono que tinha, mas aquele canto me expulsou com tamanha energia do meu leito e me impulsionara para aquela manhã, para aquele dia, e assim fez com que meu único vício aflorasse e ele até hoje , felizmente, me acompanha.
Contemplar cada novo dia de uma forma diferente se faz tão presente em minhas necessidades, que é quase que involuntário em mim agora. Ocasiões em que algo me desperta a atenção me levam longe, bem ao fundo dos meus pensamentos e da cena, ao ponto de perceber toda a beleza e magia da situação.
Em uma dessas viagens, percebi uma das maiores verdades da vida, algo que muitos se negam teimosamente aceitar e ao mesmo tempo algo que tanto almejam.
Estava pedalando quando um ciclista me ultrapassa e pude ler nas suas costas a seguinte questão: "O que faz você feliz?" . Aquela indagação me absorveu. O que me faz feliz?
Açaí com granola, leite em pó e leite condensado; passar horas na frente de um monitor de computador conversando, muitas vezes sem assunto; alguns segundos que se transformam numa eternidade entre os 60 e os 100 quilometros por hora em uma motocicleta; um abraço, um beijo, um aperto de mão, um olhar carinhoso, solidário, terno; ser carinhoso, solidário, terno; escutar um amigo, ter um amigo para escutar; rir, chorar, rir de novo; Física, Filosofia, Lógica, Geografia, História, Evolução; brigar até cansar e depois ter a certeza que aquilo valeu a pena; vencer e ter certeza que aquilo valeu a pena, perder e também ter a certeza que aquilo valeu a pena; sentar na grama; rir sozinho; cantar alto sem ligar pro rótulo de louco; ligar às vezes pro rótulo de louco!
AMIZADE, AMOR, FAMÍLIA!
Passaria horas e horas olhando para aquela camisa laranja, sem saber onde ela me levaria, só imaginando tudo o que me faz realmente feliz.
Daí conclui que a verdadeira felicidade está em você se sentir feliz! Nada mais e nada menos, pois tudo o que se necessita para ser feliz já temos e o que achamos que precisamos para ser felizes é apenas uma cobertura a mais em um copo de açaí com granola, leite em pó e leite condensado!

Diferentemente, Bom dia!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Presente.

Pedaço de gente em que, como que do nada, me esbarrei sem nenhum plano ou intenção e que fez com que surgisse uma amizade “estranha”, porém muito boa!

Morena não de pele, de feições meigas e serenas, que me passam uma espécie de leveza e simplicidade de uma forma bem sutil, fazendo, assim, maior um sentimento de admiração por minha parte.

Carismática um tanto rebuscada, faz com que seu patamar cronológico não seja ultrapassado pelo seu jeito encantador de menininha, assim se tornando uma pessoa que me dá o prazer e vontade de estar por perto. Mulher menina!

Seu jeito simples desperta uma curiosidade sobre o que se esconde por detrás de um sorriso entorpecente, faz com que eu viaje até o mais fundo dos meus pensamentos, imaginando quantas faces existem em sua essência, de que fibra foi feito o seu ‘eu’.

Coisas essa que cito são simplesmente fruto de uma observação, um tanto incompleta e rápida, mas garanto que terei muito mais tempo de saber mais sobre você, mas uma coisa é certa, a cada dia que passa, se mostra maior a vontade de te encontrar e aprender um pouco mais sobre você, flor!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Nostalgia

Após tanto tempo sem dirigir alguma palavra ao papel, estou aqui sentado em uma mesa, comemorando meu décimo sétimo aniversário e aventuro em um guardanapo alguns rabiscos, tudo isso em meio de música, amigos, bom papo...
Fatores esses que me remetem a algum tempo atrás, onde encontros como esse eram mais freqüentes em meus fins de semana, enquanto a correria do cotidiano ainda não nos tinha separados de nossas mesas, melodias e de nossos expressos no "Boulevard".
Bons tempos aqueles que tenho a incansável esperança de que voltem à minha rotina, fato esse de certa urgência.
Talvez seja muito emotivo e um tanto melancólico esse nostálgico sentimento que me aflora o peito, mas de qualquer forma é uma espécie de apelo!
Que os mesmos ventos tragam de volta aquilo que me tomaram!

Boa noite!

sábado, 27 de junho de 2009

Tropeçolândia.

Hoje mais cedo eu estava passeando na rua do meu condôminio quando tropecei, quase caí, o que me inclinou o bastante para que fosse possível que eu percebesse, em fração de centésimos, um mundo diferente daquele que conhecia há alguns segundos, um mundinho minúsculo, só perceptível à aqueles que tropeçaram, assim como eu, durante seu caminha, onde orgulho se vai, máscaras, armas, mães, tudo o que idealiza proteção se vai, ficamos vulneráveis, e foi com essa sensação que pude entrar nesse mundo.
Quando idealizamos um refúgio dos males na vida cotidiana, vemos sempre, no mínimo uma linda paisagem, concordam? CLARO!
Justo o que ela é lá no mundo dos tropeços, um lugar lindo, de paz exorbitante, o que eu, com toda a certeza escolheria para ser meu refúgio de tão lindo que é!
Isso porque de lá pude ver que tudo vale a pena na vida de um tropeçante pelo fato de sempre perigar tropeçar, para sempre renovar aquela sensação de que sempre podemos corrigir nossos erros e tomar impulso para aquilo que queremos, pelo simples fato de que é de fé que são recheadas as vitórias.
Então será esse o refugio de todos? A tropeçolândia? Onde todos os homens redescobrem aquilo que é essencial às conquistas? O que você acha?