terça-feira, 21 de outubro de 2008

Morte...

Da vida se faz a morte... Da morte se faz a vida... Então morte, o que serias tu, sua covarde que tanto nos aflige nos faz andar cautelosos receosos nos caminhos de tua cúmplice, a vida.
Explica-me de que é feito o teu existir, se tens consistência ou forma e me diga também o que tens contra nós mortais, o porquê dessa perseguição a nós, condenados que até na classificação carregam o pesado fardo de tua sina.
Por quê tão covarde?
Causadora de uma dor que é capaz de fazer fraquejar até o mais forte.
Sem coração, sem sentidos, sem face.
Morte, apesar de tudo, quero te pedir uma coisa, diga-me o que lhe sucede, livra-me dessa ânsia, dessa angústia, pois pior que tu, só o motivo que me faz roer além das unhas.Ajuda-me a te compreender e te aceitar como uma amiga, diga-me o tem por vir atrás de tua cortina negra,
Diga-me.

Um comentário:

Mariana Leal disse...

fantástico alvaro!
tema bem interessante...
gostei da forma como parece que o eu lirico fala diretamente com a morte!

kissus

;*