quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Rosa

Engraçado quando me flagro pensando na Rosa, que me espera toda noite em meu jardim. Chegando a hora que chego, ali está, impetuosa, embora frágil, requerendo indiretamente minha atenção e meus cuidados; meu 'boa noite e durma bem'.
Sinto sua falta alucinadamente, quando ela resolve sumir durante dias, me deixando na expectativa de ver seus primeiros sinais todo dia a tardinha, esperando ver as primeiras folhas do botão.
Mas então ela desabrocha, de uma forma que só ela sabe como e quando fazer, de uma forma que faz com que cada segundo seja rápido o suficiente para ser bom, para fazer bem aos meus olhos sonolentos de cada manhã e encher de uma boa saudade o restante do meu dia.
Queria que o tempo desacelerasse toda vida que chego em meu jardim e sento do seu lado, faz tão bem a mim quanto a ela.
Amizade serena, silenciosa e gritante, que se firmou duma vez, do nada, culpa de uma bicicleta e de uma festa. Amizade que carregarei por toda a minha vida, ao menos em meu livro de memórias, sempre ao meu lado e eu ao lado dela, fazendo com que aquela vida faça parte da minha e vice e versa. A mais verdadeira recíproca posso ver em seus olhares!
Minha confidente fiel, ela e minha também adorada Estrela, que escutam pacientes todas as minhas neuras e conflitos, de tal forma que se Deus desse à elas o dom da fala, seria o mesmo silêncio que povoaria minhas mágoas e assim só quem eu quisesse saberia delas.
Mesmo quando ela se for de vez, se ela se for de vez, ficará em mim, como uma tatuagem, de uma forma que sempre acharei engraçado o fato de me perceber parado no meio de um rua, depois de aberto o sinal, com uma cara abobalhada, pensando nela, em meu jardim, sorrindo, feliz em me ver!

Boa noite!

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